segunda-feira, dezembro 09, 2013

Mas ela disse não.

Ela já não mais existe
E isso com uma razão
Quando ela me disse que ias
Automaticamente disse não.

Poderia ter sido essa a verdade
Com toda essa meleca
Com esse anseio de poesia
Mas quando ela me avisou
Falei que eras  melhor que ela fazia

Entrou na lotação, no intermunicipal e depois no trem
Das opções a mais correta, a mais trivial
Que buscava algo diferente
Sendo como os outros igual.

Amaldiçoei cada passo,
E a música que ela ouvia.
O Salgado que comprava
E como ela o digeria.
As suas coxas torneadas
Os seu seios delicados
A sua coisa tão bela
E os gemidos que aplicava.

Mas nesse dia quis a história
Brincar como ela fazia
Ela pegou o telefone algumas vezes
Tentava ligar e depois sorria.
Quando por acidente guardou o telefone em seu bolso
Sem querer fez uma ligação
Atendi-a xingando
E essa resolução
Mas só ouvi alguns gritos
Um barulho sem audição
Metais retorcidos e sangue
E mais Ibope pra televisão.

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